Estou supresa comigo mesma e com a tranquilidade que estou demonstrando para tratar de certos assuntos. A paz interior é um sentimento incrível e que há tempos não sentia. Ter tranquilidade pra agir, pra pensar. Ter paz aqui dentro, quando tudo lá fora tá uma droga.

Não se preocupar com o que pode vir a acontecer, mas se preocupar com o presente, sem medo de arriscar, de errar. Viver um dia de cada vez e esperar, sem pressa, o amanhã. Um amanhã que seja melhor que hoje. Nada de pensamentos negativos, sem pensar em frustrações futuras (ou passadas). Essa é a grande beleza da vida, não tente entende-la. Apenas viva verdadeiramente, sem medo! Não deixe que a felicidade morra na praia. Faça resplandecer!

"Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Eu sou uma pergunta."
(Clarice Lispector)

Lavagem Cerebral

Ontem tirei o dia pra fazer uma faxina na mente. Coloquei tudo na balança e vi que as coisas ruíns pesavam mais. Percebi que me acomodei numa rotina insuportável, que deixei pensamentos desagradáveis tomarem conta de mim sem fazer absolutamente nada. Me olhei no espelho de uma forma que nunca havia feito antes e me surpreendi com o que deixei acontecer comigo mesma. Nada que alguém tenha feito, foi o que eu fiz (ou deixei de fazer). Sempre tive orgulho de ser quem eu sou, da minha personalidade forte e decidida, mas pela primeira vez, o que eu vi no espelho me envergonhou. Vi meu amor próprio indo pro lixo como se não tivesse a menor importancia, e agora resolvi dar um basta nisso! Resolvi gostar mais de mim antes de qualquer coisa, mesmo que isso me faça sofrer às vezes. Reencontrei a Luiza que sempre fui, que não tem medo de encarar os problemas, que não tem medo das consequências, que é mais ação do que palavras. Depois dessa lavagem espiritual me sinto muito mais segura do que quero, do que preciso, do que é realmente importante pra mim. Me tornei prioridade na minha vida de novo, e ninguém pode entender o quanto isso me deixou melhor.

Hoje eu resolvi deixar minhas nóias de lado!

Chega de sofrer por antecedencia, chega de querer descobrir e entender o mundo de uma só vez. Quero aprender com os dias ruins ao invés de achar que tudo tá perdido. Chega de tempestades em copos d'agua e de lamentações! Tudo tem seu tempo!

Eu sou uma alma jovem e posso cometer todos os erros possíveis e cabíveis, mas não se espantem se amanhã eu escrever alguma lamentação ;D

Tô de TPM, não me peça coerência!

Ao som de: Yael Naim - New Soul

Felicidade Realista - Mário Quintana

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se agente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Acho que perco tempo demais tentando descobrir quem sou e como lidar com meus sentimentos. Sempre me pego sofrendo por antecedência. Isso é ridículo, eu sei! Mas o ser humano é ridículo! Nossas emoções sempre ressaltadas e nossos ataques fulminantes de coisa nenhuma. Sentimentos são tão simples que acabam ficando complexos, tá aí, mais uma defeito do ser humano! A gente complica demais, vê complexidade demais aonde não tem. Essas oscilações me deixam desnorteada! Porque será tão dificil nos conhecermos, nos entendermos? Será que os sábios poetas e filósofos, que dizemos conhecer profundamente a alma humana, conheciam a si próprios? Perguntas, perguntas..
Tenho tantas perguntas sem resposta que já nem sei mais se devo escreve-las aqui.

"Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim." Clarice Lispector

"Somos donos de nossos atos, mas não donos de nossos sentimentos;

Somos culpados pelo que fazemos, mas não somos culpados pelo que sentimos;

Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos...

Atos são pássaros engaiolados, sentimentos são pássaros em vôo."

Mário Quintana

Janela da Alma

Escrever sempre foi uma facilidade para mim. Qualquer sentimento me inspira. Qualquer desejo, qualquer pensamento. Consigo desabafar em poucas linhas, e as palavras, há tempos, tem sido meu ombro amigo. Um lápis e um pedaço de papel. Nada mais. Escrevo o que quero sem medo de agredir, magoar, sem medo de consequencia alguma. É tão simples pegar esse rascunho e jogar no lixo, sem que ninguém saiba o se passou dentro de mim. Mas porque falar é tão dificil? O medo nos impede de extravasar, de falar o que nos vem a cabeça, falar sem nos preocupar com o que possa vir depois, sem pensar na resposta que teremos. Olhar nos olhos me faz estremecer, perder a coragem pra expor tudo o que eu guardo a sete-chaves. Acredito que os olhos enganam. A alma de alguem é indecifrável, e a minha tem sido um mistério nos ultimos tempos. Sentimentos desconhecidos, surpreendentes e inesperados, sentimentos que nem sei bem como lidar, e que nem sei se seria bom descobrir. "Deixar rolar" nunca foi tão difícil. Quero atitudes, quero pôr em prática meus sonhos, eu quero paz, quero liberdade, sorrisos, e querer é poder sim! Porque não?

Escolhas

É preciso entender, pra nunca mais esquecer, que os caminhos das nossas vidas estão nas nossas mãos, e em nenhum outro lugar. Se não sou eu quem vai decidir o que é melhor pra mim, quem mais o fará? Eu sei mais de mim. Sei dos meus desejos, da minha vontade de ir e vir, das minhas indecisões, e tenho todo o direito de me arrepender depois!

A função do erro é ensinar, clichê, mas verdadeiro. Ter sempre alguém que tome decisões em nosso lugar é um saco. E quando não tiver ninguém pra fazer isso? Como saber que decisão tomar se sempre teve alguém que fez isso por você?

Eu preciso relembrar as coisas boas, não me deixar esquecer que há um infinito de possibilidades, que eu posso ir por onde eu quiser. Que os meus passos quem guia sou eu, e que se for pra dar meia-volta, que seja. O importante é fazer algo que nos deixe feliz, mesmo que a curto prazo. Preciso encostar a cabeça no travesseiro, eu comigo mesma, olhar pra dentro e descobrir aonde quero chegar, preciso desse silêncio. Eu preciso reencontrar a minha força, a confiança e a coragem de arriscar. Não a todo momento, nem de forma desmedida, mas sempre que é preciso. Preciso me deixar levar, desde que eu saiba pra onde quero ir. Eu preciso de respostas. Que perguntas eu já tenho. E não são poucas.

Segundas-feiras são sempre deprimentes, e acho que seu significado é: o final de semana vai demorar e você não pode fazer nada!

Se bem que meus finais de semana não tem sido dos melhores. Não tenho feito definitivamente nada. Cidade pequena tem seu lado bom, mas é uma falta do que fazer incrivelmente irritante.

Minha vida tem sido tão sem emoção ultimamente que já se tornou uma situação cômoda. Preciso mudar isso!

"Hoje não sei o que sinto, qualquer coisa é, mas indistinta, parece um vazio ou uma vertigem, ou ambas...ou nenhuma!

Talvez nem pareça coisa alguma, talvez antes a vontade, em suma, de sentir apenas por sentir. Uma vontade de estar, contudo ausente, uma vontade de ir, mas ser presente. Não adianta sugerir instintos... Os sentimentos são puros labirintos que separam o que sou do que sinto, a explicação qual barreira, surge sem sofismas, nem dilemas na imagem nítida e terrena da mal-amada Segunda-feira!"

Oi!

Depois de anos com um flog; falando, na maioria das vezes, de futilidades e recebendo comentários mais fúteis ainda, do tipo: "que linda sua foto, passa no meu depois", resolvi criar um blog pra falar do meu cotidiano, expor meus pensamentos e coisa e tal..

É a primeira postagem e ainda não sei bem o que dizer, mas aos poucos as palavras vão fluindo e eu vou me adaptando ao blog..